domingo, 1 de março de 2009

Je t’aime

Ele esperava solitário. Começava a chover em Montreal. O ano de 1958 demorava a passar. Ele esperava por ela. Queria se desculpar pelo ocorrido dos dias anteriores. Ela saiu.
Usava uma saia azul-marinho rodada, e uma camisa branca. Os cabelos levemente cacheados estavam escondidos da chuva por um lenço colorido.
-Oi! Posso falar com você?
Lágrimas apareceram nos olhos da garota ao ouvir aquela voz. Quis sair correndo, mas não teve coragem. Seu rosto meigo já estava totalmente molhado pelo choro incontido.
-Deixe-me ir! Foi um grande erro.
O lenço caiu. Nenhum dos dois podia esquecer o que havia acontecido dias atrás.
-Anne! Espere! Foi mesmo um erro! E estou aqui para me desculpar sobre o ocorrido.
Os olhos azuis de Sebastien estavam cheios de lágrimas. A chuva ficara mais forte na silenciosa Montreal.
-Se não quer me ouvir... Adeus.
Ele deu as costas e saiu andando. Ela chamou seu nome. Sua voz doce, embaçada pelo choro, gritava. Ele voltou.
-Aqueles beijos, aquelas carícias, aqueles carinhos... Nunca deveriam ter acontecido!
-Não consigo esquecer você Anne!
-É claro! Se você não tivesse falado aquilo, feito aquelas coisas, me iludido!Nada teria acontecido!
Ela chorava fortemente. Lágrimas também corriam pelos olhos de Sebastien.
-Desculpe-me!
Ela saiu correndo. Ele gritou algo. Ela parou, e ele foi até ela. Ficaram frente a frente. Chorando. Disseram:
- “Je t’aime!”.




'um post pequeno hoje! :DD
Beeijs

'cami-

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Não; sim; talvez.

Eu poderia pensar em várias maneiras de dizer isso, mas nenhuma explica melhor do que “eu te amo”.
Nunca achei que isso iria acontecer. Foi estupidez. Foi besteira. Foi bonito. Foi paixão. Foi amor. Foi algo inexplicável. Algo que eu queria que durasse para sempre. Tinha medo. Tenho medo. Aquelas coisas girando em minha cabeça, me fazendo acreditar que era possível, não passavam de uma simples ilusão. Tem gente dizendo: isso é besteira! Mas eu não as ouço, por que se tem uma coisa em que eu posso confiar é meu coração. Nunca quis dizer “não”, nunca quis dizer “sim”, apenas “eu te amo”, e isso é o mais difícil de se fazer, por que você nem sabe que eu existo. Quero chorar, sorrir, gritar, correr, pular, abraçar, beijar, dormir, comer, escrever, mas acima de tudo, te amar. Com um aperto no coração, sabendo que sou só mais uma e que você não vai me escutar, eu digo: “eu te amo”!


'
feito para danielalandavidjones e sebastienalexanderpépinlefebvre

domingo, 21 de dezembro de 2008

Diga Adeus

Numa quente tarde de verão... Ah! Tarde de verão! Bem que eu queria... Ta frio, e alem do mais, estou escrevendo escondido. Tenho que entregar essa redação amanhã! O que pode ser? O que pode ser? Bem... Vamos tentar isso...
Estavam juntos há mais de um ano. Ninguém sabia. Se amavam incondicionavelmente. A cidade de Bolton parecia mais feliz com o amor dos dois.
-Melhor contar – ela disse.
-Deveríamos ter assumido faz tempo tudo isso. – Ele concordou.
Qual é o problema se ela é uma popular e ele um perdedor?
Na escola, não tinham duvida: ia ser um problema, como vivenciaram no dia seguinte:
-Oi gente! Esse é o Daniel. Danny. Meu namorado.
-Camila! Você está louca?
-Cami...
-O que é Kevin?
-Ele é mesmo o seu namorado?
-Sim, e eu o amo muito!
Ele ouviu essas palavras como um impacto. Ela sorriu vitoriosa. Sabia que era perigoso. Kevin sempre a amara. E ela aparece com um perdedor?
-Vão se arrepender disso.
-Não tem como eu me arrepender do Jones. E aí meninas? O que acharam?
Encararam-na com um olhar triste. Laura, sua amiga, tentou dizer, algo, mas suas amigas a empurraram para longe.
-Sabia. É proibido se amar hoje em dia.
Ele a abraçou por trás.
-Se você decidir terminar do nada... Eu vou entender.
-Terminar com você por causa delas? Impossível! Vamos, A Sra. Hoffigan entrou.
Eles seguiram o caminho da sala 27 de mãos dadas, ao olhar de todos.
Aproveitaram que a professora faltou nas duas ultimas aulas e saíram para caminhar.
-Você contou pros seus pais?
-Do namoro?
-Claro Danny! Do que mais?
-Contei. Eles adoraram a idéia, acharam que finalmente eu cresci. E os seus?
O sorriso dela se dissipou rapidamente.
-Meus pais não gostaram muito. Queria que eu tivesse ficado com o Brian, sabe? Do terceiro ano B? Mas eu disse que sou feliz com você. Minha mãe disse que tudo bem se eu estou feliz. Meu pai nem falou mais comigo.
-Ah.
Ela deu um beijo nele e sussurrou:
-Eu te amo. É apenas isso que importa.
Alguns meses depois.
Ela nem ligava mais. Tinha Laura ao seu lado. A única que te compreendia. Danny já não largava mais dela. Estavam mais feliz do que nunca.
-Camila?
-Fala Daniel...
-Eu nunca amei outra garota do mesmo jeito que eu amo você.
Ela sorriu imensamente.
-Mesmo?
-Claro! Você é maravilhosa! Consegue me por um sorriso no rosto, mesmo depois de um 1,0 de Química.
-Hahaha! Eu te amo DEMAIS!
Os dois sorriram e continuaram sentados no quintal da casa dele. Ela entre suas pernas.
-Sabe Danny. Eu passaria o resto da minha vida ao seu lado.
-Falar isso com 16 anos não é cedo demais?
-Não. Só falo isso por que você é o MEU Daniel Jones.
-Eu passaria a eternidade ao seu lado.
Ambos sorriram e começaram a se beijar.
Teriam alguns problemas pela frente, sabiam disso. Mas nada podia vencê-los.
Amanheceu frio na cidade. Significava que as festas estavam chegando. E os dois anos de namoro também.
-Falou com os seus pais amor?
-Falei... Adivinha a resposta deles?
-Não?
-Exato! Acham que eu ir para Liverpool com um ‘indelinquente’ menor de idade, sendo que eu nem me formei, é uma forma irresponsável de demonstrar a minha rebeldia. E seus pais?
-Acharam que é uma boa forma de demonstrar meu amadurecimento.
-Uau! Queria ter pais assim.
-Temos apenas uma solução.
-Ah não! Você sabe que não.
Ele olhou com uma cara de arrependimento para ela.
-Ah não Daniel! Desculpa, mas não.
Ela deu um selinho. Ele tentou sorrir. Voltaram para a sala de aula.
A aula estava mais entediante que o normal. Ele esperava algo que o animasse. Eles se sentavam tão distantes. Ele no fundo, ela na frente. Eram tão diferentes. Algo bateu em sua cabeça. Ele abriu. Leu o seguinte:
“Saiba que eu sempre serei inteiramente sua!”
Riu consigo mesmo.
-Sr. Jones... Seu quiser rir durante a minha aula, é só avisar... Eu paro de falar.
-Não Sra. Mullins... Eu... Eu...
-Bilhete?
Ela leu o que estava escrito.
-Da namorada? Srta. Gregori e Sr. Jones, me acompanhem, por favor.
Os dois se levantaram segurando o riso e foram... Sabiam que iam se dar mal. A Sra. Mullins tinha uma grande influencia na escola.
No final, levaram uma advertência cada um.
Mais tarde, Danny se encontrou deitado em sua cama, ouvindo musica, quando o telefone tocou.
-EU ATENDO! Aloô?
-Danny... Posso falar com você?
-Cami... Você está chorando? O que aconteceu... Onde você está.
-Eu to sentada no jardim de casa.
-Sozinha? Ta escuro, de noite, frio...
-Eu to com um endredom. Eu contei pros meus pais da advertência. Meu pai começou a gritar comigo, e eu respondi, tava nervosa demais... E... E... Ele disse que é tudo culpa sua! Eu gritei mais, e ele disse que se as coisas continuassem assim, era melhor eu esquecer que tenho um pai.
-Uau... Cami... Nem sei o que fazer.
-Eu sei Daniel, eu sei... Vamos para Liverpool.
-Mas seus pais...
-Simplesmente vamos.
Combinaram as coisas.
O sábado chegou rapidamente, e a hora de partirem também. Iriam pegar um trem durante a madrugada de Domingo. Camila pegou um papel e começou a escrever algo para os pais.
Atendeu o celular.
-To chegando. Cinco minutos. Quem mais sabe?
-Só a Laura...
-Tudo bem... To aqui na frente.
-Vou descer a mala.
Cami pegou as duas malas e jogou pela janela. Silencio. Desceu.
-Sra. Jones!
-Shiii!
Cami pegou a carta que escreveu para os pais e se virou em direção a porta. Uma Sra. Gregori observava.
-Mãe?
-Onde você está indo? Ola Sra. Jones...
-A Liverpool mãe! E não tem como voltar atrás!
-O que é isso na sua mão?
Cami hesitou, mas entregou a carta.
-“Mãe e Pai. Durante todos esse anos, escondi o que queria de verdade, até conhecer o Daniel.
Ele colocou mais emoção, amor, felicidade a minha vida. Temos um sonho, de continuarmos juntos, até onde os céus permitirem. Mas vocês não permitiram. Vamos morar em Liverpool, e não tem como voltar atrás. E se isso foi acontecer, o único caminho de parar, é a morte.
Por isso, aqui e agora, eu agradeço a vocês, por tudo o que já fizeram por mim! Agradeço pela compreensão e amor!
E falo mais: eu amo vocês!
E nisso, eu digo adeus.
Até um dia, quem sabe.
Beijos, Camila”.
A Sra. Gregori tremia. A Sra. Jones tampava a boca de emoção. As mãos de Danny e Cami se entrelaçaram de tal jeito que pareciam uma só.
-C... Como?
-Amor, mãe. Amor.
-Amor?
Olharam para trás e viram Kevin segurando pelo cabelo. A mesma gemia de dor. Ele apontou a arma para Danny.
-O... O... O que vai fazer Kevin?
-Traçar os nossos destinos, Camila.
-Não! Ele não! Por favor. Ela nunca amou assim antes – Laura disse. Lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
-Então ta – Carregou a arma – Seu eu não posso te ter, ninguém pode!
Apontou para Cami que tremeu. O segundo seguinte foi confuso: tiro, gritos, e vidro quebrado. O Sr. Gregori e alguns curiosos apareceram na rua.
-EU AVISEI GAROTA!
-ELA É MINHA AMIGA! DEIXE-A EM PAZ!
Kevin virou e atirou no braço de Laura, fazendo-na gritar e tombar, e Cami e Danny correrem para socorre-la. O casal voltou a encaram Kevin. Se abraçaram.
-Desculpa... É preciso.
Ele atirou. Danny entrou na frente, mas a bala perfurou os dois corpos. A cena seguinte seguiu em terror. As mulheres gritaram, ligavam para a policia e bombeiros. Apesar da dor, do pânico, do terror, no local havia uma única coisa em paz: o casal.
A ultima coisa que ele pode sentir, foram os lábios quentes de Camila, pressionarem os seus, em um ultimo gesto de amor.

N/a:
E aí? Gostaram? Primeiro texto publicado aqui, que emoção! *--*

Beeijos!